Mostrar mensagens com a etiqueta Jules Mazarin. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jules Mazarin. Mostrar todas as mensagens
Há que conhecer o mal para poder combatê-lo.

Jules Mazarin, O breviário dos políticos
Deves saber tudo e nada dizer, mostrando-te afável com todos e não confiando em ninguém.

Jules Mazarin, O breviário dos políticos
Deixa para os outros a glória e a fama. Interessa-te apenas pela realidade do poder.

Jules Mazarin, O breviário dos políticos
Quando estás empenhado em conseguir alguma coisa, que ninguém o descubra antes de a teres, efectivamente, conseguido.

Jules Mazarin, O breviário dos políticos
"Numa comunidade de interesses, é possível que um dos membros se torne demasiado poderoso."
Jules Mazarin, O breviário dos políticos
Se alguém te manifesta o seu ódio, fica sabendo que esse sentimento é sempre autêntico: ao contrário do amor, o ódio ignora a hipocrisia.
Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Não te gabes de ter influenciado com os teus conselhos as decisões de alguém, pois, da próxima vez, recusar-se-ia a dar-te ouvidos. Em contra partida, se, por não ter seguido os teus conselhos, alguém sofre um revés, não faças troça e deixa os acontecimentos encarregar-te de vingar-te.
Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Evita fazer uso imediato dos segredos que te confiaram.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Se triunfares sobre um adversário, não cedas à tentação de o insultar excessivamente.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Atribui a outrém os teus êxitos. Por exemplo, a uma pessoa experiente que te tenha ajudado com a sua providência e as suas opiniões prudentes.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Deixa triunfar à vontade aqueles que practicam verdadeiras proezas e merecem uma glória autêntica. Sem reinvidicares uma parte dos louvores essa glória resplandecerá tanto melhor sobre ti se a ela se juntar a de te teres mostrado acima da inveja.
Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Sempre que possas recorrer a subordinados para pôr os teus planos em execução, exercer pressões ou infligir castigos, não te prives de o fazer. E reserva-te para tarefas mais elevadas.
Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Os hipócritas estão sempre prontos a espalhar novidades e rumores. Vê-lo-às aprovar sistematicamente tudo o que fazes e, naturalmente representarão na tua frente a comedia da amizade; mas se na tua presença, se comprazem em maldizer os outros, tem cuidade, pois não tardarão a fazer exactamente o mesmo contigo.
Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Guarda sempre forças de reserva, de modo a que ninguém possa conhecer os limites do teu poder.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Se, (...), alguém te revela os segredos de outra pessoa, não lhe confies nem uma ínfima parte dos teus, pois podes estar certo que agirá com os seus intimos como age contigo.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Um método excelente de avaliar a capacidade de um homem para guardar um segredo é enviar-lhe uma pessoa da tua confiança que lhe faça confidências, para ver se depois as vem contar, ou que se esforce por levá-lo a revelar segredos que lhe confiaste.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Facilmente poderás ajuizar acerca da capacidade de um homem para guardar um segredo pelo facto de, a pretexto da amizade, ele não te revelar os segredos dos outros.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
Desconfia de um homem que promete com muita facilidade: é geralmente um pérfido e um mentiroso.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos
A marca mais reveladora de maldade num homem é o facto de se contradizer frequentemente. Fica sabendo que um homem que se contradiz não se importará de te roubar.

Jules Mazarin, Breviário dos Políticos


Jules Mazarin nasceu em Pescina, reino de Nápoles em 1602, oriundo de modesta família siciliana, foi educado por jesuítas em Roma. Estudou direiro canônico na universidade de Alcalá de Henares, em Espanha, hoje pertencente à Universidade de Madrid. Voltou à Roma e prestou serviço militar para o Papa, depois em 1628 tornou-se diplomata papal aos 26 anos de idade.

Assumiu em 1630 as negociações de paz com o cardeal Richelieu, durante a guerra da sucessão de Mântua, e evitou que os exércitos da França e da Espanha se confrontassem em Casales de Montferrat.

Foi nomeado pela Santa Sé, vice-legado do papa Urbano VII em Avignon. Foi, por algum tempo, anúncio extraordinário em Paris, até que o cardeal Richelieu o convocou para o serviço junto ao rei Luís XIII. Gozando então de grande prestígio por parte de Richelieu e Luís XIII, ganhou em 1639 a nacionalidade francesa e foi nomeado cardeal em 1641, sem nunca ter sido ordenado padre.

Foi nomeado sucessor do cardeal Richelieu, após a morte desse e, após a morte de Luís XIII em 1643, tornou-se primeiro-ministro pela regente da França, Ana da Áustria.



Internamente submeteu os nobres franceses à autoridade da monarquia absolutista, porém teve que sufocar várias revoltas quando aumentou os impostos para cobrir os gastos feitos pela França na Guerra dos Trinta Anos, conflito que foi designado de La Fronde.

Com as brilhantes vitórias que conseguiu nessa guerra, assinou em condições vantajosas a paz de Vestfália em 1648, o que converteu a França na principal potência europeia. Continuou a cobrar altos impostos, o que favoreceu um novo e generalizado levante da nobreza e do povo pelo país, e teve que fugir da França em 1651, mas Luís XIV conseguiu controlar a situação e restaurou em 1653 o seu ministério. Formou a Liga do Reno contra a Áustria e, com a ajuda da Inglaterra, à qual entregou Dunquerque.

Venceu a Espanha em 1659 e lhe impôs o Tratado dos Pirinéus que deu à França os departamentos de Artois, Cerdagne e Roussillone.

Responsabilizou-se pela educação do futuro rei Luís XIV, seu afilhado, e promoveu o casamento desse com a infanta Maria Teresa, além de assinar a paz no norte da Europa graças aos tratados de Copenhaga, Oliva e Kardis.


Morreu em 1661, em Vincennes, França. Quando morreu, segundo seus biógrafos, teria concretizado grande parte dos objectivos propostos pelo cardeal Richelieu: a modernização do Estado francês e a transformação da França em principal potência europeia, a restauração do absolutismo, a subjugação da nobreza francesa, além de concretizar o declínio do poder dos Habsburgos na Europa, que governavam a Espanha, a Áustria e os Países Baixos, também criou a Impresa Real, iniciou a construção de um Jardim Botânico, e fundou a Academia Francesa de Letras.