Tudo nela era o que se via e também uma corrente de ar quase imperceptível, uma delicada deslocação dos átomos todos, uma agitação de algo que ninguém podia ver ou pressentir, excepto eu. Ela falava e a sua voz era aquilo que dizia e uma coisa que só eu escutava, melódica e doce.

Manuel Jorge Marmelo, O profundo silêncio das manhãs de Domingo

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